quinta-feira, 3 de dezembro de 2009

Lamentável


Presenciei uma cena em que uma família aplaudia emocionada a chegada de um político à sua mesa durante um almoço, estava estampada na face daquele povo a alegria ao receber um sorriso e um aperto de mão, alguns até ousavam tirar fotos ao lado de tamanhas "celebridades".

Infelizmente (ou felizmente) o povo ainda acredita que essas pessoas as quais ele elege serão merecedoras de seu voto, e como representantes farão algo para tornar sua vida mais decente, saudável, digna, e por que não FELIZ?

Imagens desses representantes ENFIANDO dinheiro em paletós, meias, cuecas e sabe-se lá em quais outros lugares são lamentáveis, mas... qual a reação do povo que elegeu determinados candidatos?

Vergonha, decepção, revolta, e... eis que após a tempestade vem a calmaria.

Muitos daqueles que momentaneamente ficaram indignados, em ano eleitoral encantam-se com promessas como crianças são encantadas por doces, e até mesmo as crianças já estão ressabiadas com essa história de doces, cegonhas, Papai Noel...

Muitos já ouviram que "As fadas só existem porque acreditamos nelas", e seria o mesmo dizer que, ao votar, damos crédito, acreditamos em "fadas".

O "engraçado" é que logo na primeira decepção com cegonha, Papai Noel, ou Fada do dente, as crianças costumam deixar de acreditar, o que é muito mais difícil de acontecer com muitos eleitores, pois sabemos que logo logo estarão apoiando a candidatura do "Dr. Fulando de Tal" que sorriu, apertou mãos, almoçou junto, pagou remédios, garantiu uma refeição, caminhou de mãos dadas, abraçou crianças pobres...

2 comentários:

  1. é a velha e boa política do pão e circo... deplorável...

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  2. Letícia:
    É o caso de retornar ao "quem nasceu primeiro, o ovo ou a galinha?". No caso em análise o impasse é entre a Ignorância e a Pobreza. Atualmente já não tenho certeza sobre quem - ou o que - é culpado pela pobreza dos pobres. Conheço muitos caras que se julgam o suprassumo da Superioridade, não porque tenham grande bagagem cultural ou um confortável acervo de propriedades e bens materiais. São, pelo nosso critério, pobres, quase miseráveis. Mas o cidadão se tem em tão alto conceito porque... goza a vida e trabalha pouco, quase nada. Nada lhe falta porque há muitos trouchas que vão na sua lábia e resolvem os problemas para ele, assumindo responsabilidades que seriam dele. Para o cara, um "ser superior" é aquele que vive do trabalho e do empenho alheios. Na sua ótica, ele e Rothschild são do mesmo nível. É o malandro, típico personagem brasileiro...

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