No último sábado (30/04/2011) aconteceu mais uma das atividades da Delegação Geral MS/MT, o encontro para discussão de casos clínicos do grupo coordenado pela psicanalista Carla Serles e composto pelas "meninas de Corumbá" (que aliás...aos poucos vão se tornando mulheres do mundo ), além de uma do Rio de Janeiro e outra de Minnesota: Elyxsandra Santos; Flávia Mendes; Gize de Bessa Catarineli; Isangela Lins; Keila Janaina; Leticia Rosa; Renata Stephens; Vanessa Portão e Vanessa Wagna.
Desta vez fomos presenteadas com um belo e muito bem escrito caso clínico conduzido por Flávia Mendes que demarcou seu estilo em cada palavra, associando prática e teoria.
A forma como a analista conduz o caso deixa muito claro o quanto faz a diferença quando um paciente encontra o desejo de um analista, e este analista se responsabiliza pela análise que conduz.
Através do estudo do caso também nos foi ilustrado que o analista precisa transformar transferência em trabalho; despreocupar-se em dar respostas; interpretar para manter a questão e em algumas situações emprestar desejo ao paciente.
Por fim... após conversarmos sobre as atividades realizadas em Corumbá, nos emocionamos com demonstrações do quanto podemos desejar fazer psicanálise, do quanto as contingências nos levam aos lugares mais inesperados e diversos cabendo a nós criarmos meios de nos havermos com elas, sustentando nosso amor ao saber, permeado pelos laços de amizade que, em nosso caso, nasceram com a psicanálise.
Para melhor elucidar, recorro às palavras de Jorge Forbes: "Na era da pós-modernidade, onde o laço social das identificações é predominantemente horizontal, nos damos conta que o principal afeto, o mais fundamental afeto, é o da amizade."
Por Letícia Rosa
Revisado por Carla Serles